A produção de petróleo não teve um bom início de ano no Brasil, mas o pré-sal continua a saga de recordes sucessivos. Enquanto o País apresentou uma queda de 1,6% na produção total de petróleo em janeiro, fechando o mês com uma média de 2,687 milhões de barris por dia, a província petrolífera abaixo da camada de sal teve uma alta de 1,1% em relação a dezembro, alcançando a marca de 1,276 milhão de barris, um novo recorde. Os dados são do boletim mensal da ANP e mostram que a produção do pré-sal correspondeu a 47% do total produzido no Brasil durante o primeiro mês de 2017.
Somando petróleo e gás, o Brasil produziu 3,378 milhões de barris de óleo equivalente por dia em janeiro, complementados por 109,9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Já o pré-sal produziu 1,588 milhão de barris de óleo equivalente por dia, a partir de 73 poços, incluindo 49,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
De acordo com a ANP, o campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, produzindo, em média, 729,5 mil barris de petróleo por dia e 31,6 milhões de m³/d de gás natural. A produção de petróleo de Lula é a maior já registrada por um campo no Brasil, superando o recorde anterior do próprio campo em dezembro de 2016, que foi de 710,9 mil bbl/d.
O campo terrestre com o maior número de poços produtores foi o de Estreito, na Bacia Potiguar: 1.102; enquanto que Marlim, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 63.
A plataforma P-58 (foto), produzindo nos campos de Jubarte, Baleia Azul, Baleia Anã e Baleia Franca, produziu, por meio de 13 poços a ela interligados, 199,2 mil boe/d e foi a UEP (Unidade Estacionária de Produção) com maior produção.
Os campos marítimos produziram 94,9% do petróleo e 80,4% do gás natural. A produção ocorreu em 8.521 poços, sendo 746 marítimos e 7.775 terrestres. Os campos operados pela Petrobrás produziram 94,2% do petróleo e gás natural.
O aproveitamento de gás natural no mês alcançou 96,1%. A queima de gás em janeiro foi de 4,3 milhões de metros cúbicos por dia, uma redução de 1,5% se comparada ao mês anterior e um aumento de 30,8% em relação ao mesmo mês em 2016.
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 141,6 mil boe/d, sendo 115,4 mil bbl/d de petróleo e 4,2 milhões de m³/d de gás natural. Desse total, 136,5 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobrás e 5 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobrás, sendo 306 boe/d em Alagoas, 2.188 boe/d na Bahia, 64 boe/d no Espírito Santo, 2.244 boe/d no Rio Grande do Norte e 234 boe/d em Sergipe.
Ao todo, 288 concessões, operadas por 26 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 81 são concessões marítimas e 207 terrestres.
“Vale ressaltar que, do total das concessões produtoras, duas encontram-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD), e outras oito são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais”, afirmou a agência em nota, destacando que o grau API médio foi de 26,3, sendo 33,1% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 44,1% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 22,8% óleo pesado (<22 API).
A matéria foi publicada pelo site de notícias www.petronoticias.com.br