Se uma transição energética está em andamento no mundo, ela ainda não chegou às ruas da Ilha da Conceição, o bairro da classe trabalhadora no coração do renascimento do petróleo no Rio de Janeiro.
Lá, ônibus e caminhões estão se amontoando no estaleiro da Baker Hughes Co., onde a gigante dos serviços de energia está produzindo centenas de quilômetros de tubulações de petróleo e gás.
Uma rua adiante, a Exxon Mobil Corp. está carregando suprimentos para explorar os maiores campos de petróleo offshore do país.
Royal Dutch Shell Plc e TotalEnergies SE têm planos semelhantes para o final deste ano.
A cena aponta para uma verdade incômoda: os políticos do primeiro mundo podem estar tentando livrar o globo dos combustíveis fósseis, mas em nações com fome de dinheiro e ricas em recursos como o Brasil, o petróleo continua rei.