A petroleira australiana Karoon Energy vê fortes perspectivas de crescimento no Brasil, onde começou a produzir petróleo no ano passado.
A empresa pretende mais do que dobrar a produção até 2023. Segundo o presidente-executivo da companhia, estão na mesa duas opções para desenvolver outro projeto até meados da década.
A Karoon produziu uma média de pouco mais de 13.000 barris por dia (bpd) em oito meses, até 30 de junho, depois de comprar o campo de petróleo Bauna da Petrobras por US$ 665 milhões. A receita de vendas de petróleo somou US$ 170,8 milhões, com um pequeno lucro líquido.
“O resultado reflete uma grande transformação para a Karoon ao longo do ano”, disse o presidente-executivo Julian Fowles, que assumiu a direção da companhia há 10 meses e nomeou um novo diretor financeiro e um novo chefe para administrar as operações no Brasil.
A Karoon pretende adicionar entre 15.000 e 20.000 bpd até o início de 2023, aumentando a produção dos poços existentes em Bauna e conectando o campo de Patola, um projeto que deve custar cerca de US$ 185 milhões.
Segundo a empresa, a operação será financiada por uma linha de crédito de US$ 160 milhões, a primeira da empresa, com o Deutsche Bank, ING, Macquarie e Royal Dutch Shell.
A Karoon está procurando desenvolver o campo Neon, seja construindo um duto submarino de 50 km a 60 km para ligá- lo ao navio flutuante de produção e armazenamento e descarregamento (FPSO) de Bauna, ou instalando um FPSO no campo Neon.
Fowles disse que ligar o Neon ao FPSO de Bauna está parecendo cada vez mais atraente, pois vai economizar em custos de capital e custos operacionais e pode ajudar a estender a vida útil do campo de Bauna ao distribuir os custos fixos pelos dois campos.