O navio-plataforma FPSO Carioca saiu, neste sábado (3/7), do Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), rumo ao campo de Sépia, nas águas ultraprofundas do pré-sal da Bacia de Santos. O FPSO, unidade flutuante capaz de produzir, estocar e transferir petróleo, será o primeiro sistema de produção definitivo a ser instalado no campo. O início da produção está previsto para agosto de 2021.
“Este projeto traduz o compromisso da Petrobras em gerar retorno para a sociedade brasileira e enche de orgulho todos os empregados”, celebrou o presidente da empresa, Joaquim Silva e Luna.
“O FPSO Carioca é um exemplo da nossa estratégia de concentrar investimentos em ativos de exploração e produção de classe mundial, áreas com grandes reservas, baixo risco e custos competitivos. O FPSO Carioca e o Campo de Sépia têm alto potencial de geração de valor para a sociedade. Por causa do regime tributário especial das operações de exploração e produção de petróleo, o investimento da indústria retorna para a sociedade uma quantia de valor de 4 a 5 vezes mais do que retorna para própria a empresa. Executado com eficiência, este projeto significa mais arrecadação para a União, estados e municípios”, destaca Fernando Borges, diretor de Exploração e Produção da companhia. O volume de Sépia que será produzido por meio do FPSO Carioca, tem potencial de arrecadação para o governo, em participações governamentais e tributos diretos, de até R$ 27 bilhões. Quando somados ao que a Petrobras já pagou ao governo no passado, quando contratou a Cessão Onerosa, a arrecadação destes volumes supera R$ 40 bilhões.
A capacidade de produção da unidade é de 180 mil barris de petróleo por dia, o que equivale a aproximadamente 8% da produção de petróleo da companhia. O FPSO Carioca também pode processar 6 milhões m³ de gás natural por dia e conta com uma planta de processo de 40 mil toneladas para tratamento do óleo, do gás e injeção de gás e água nos reservatórios. Esta será a maior plataforma em operação no Brasil em termos de complexidade. Quando atingir o pico de produção, também será a maior unidade em termos de produção de petróleo. De propriedade da Modec, a unidade está afretada pela Petrobras para operar por 21 anos no campo de Sépia.
“O projeto deste FPSO foi concebido levando em consideração o foco da Petrobras em segurança, eficiência, menor custo durante a vida do projeto e menos emissões. Desde a fase inicial de concepção, o projeto do FPSO e do desenvolvimento do Campo de Sépia fizeram uso de tecnologia para reduzir o risco exploratório e o tempo de início da produção, maximizar a produção e para reduzir as emissões de carbono. O projeto conta, por exemplo, assim como já feito para as unidades Replicantes e de Búzios, com sistema de remoção de CO2 presente no gás produzido e de reinjeção no reservatório, evitando o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera”, destaca João Henrique Rittershaussen, diretor de Desenvolvimento da Produção da companhia.
A construção do FPSO começou em 2017 na China. Importantes etapas do processo de construção da plataforma foram realizadas no Brasil, com conteúdo local. Dois módulos foram construídos no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, gerando aproximadamente 400 empregos diretos. Esses módulos foram transportados do Brasil para a China onde foi feita a integração destes com todos os demais módulos e o casco da plataforma. Em novembro de 2020, o FPSO Carioca deixou a China, vindo para o estaleiro Brasfels, onde, em fevereiro de 2021, foi feita também a construção, verticalização e integração da torre do flare em uma operação especial, dado os seus 135 metros de altura. A fase final de comissionamento do FPSO Carioca ocorreu também no estaleiro Brasfels em Angra dos Reis, tendo gerado cerca de 600 empregos, e compreendeu os preparativos finais para a entrada em operação do navio.
A Petrobras prevê investir US$ 46,5 bilhões na produção de petróleo e gás no Brasil até 2025. Atualmente, a companhia possui 21 plataformas em operação no pré-sal, que são responsáveis por 70% da produção de petróleo da companhia. O FPSO Carioca é uma das 13 novas plataformas da Petrobras que entrarão em produção no pré-sal de 2021 a 2025.
Este grande volume de investimentos traduz o foco da Petrobras na alocação estratégica e eficiente de recursos, promovendo mais retorno para a empresa e para a sociedade, o que cria um ciclo virtuoso de geração de valor.
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(Fonte: Petrobrás)